Globo transforma Viva em Globoplay Novelas e foca 100% em novelas

Globo transforma Viva em Globoplay Novelas e foca 100% em novelas out, 7 2025

Na noite de 9 de junho de 2025, às 20h00 (horário de Brasília), a Globo deu fim à era Viva ao lançar o Globoplay Novelas, um canal 100 % dedicado a novelas. O anúncio oficial, feito em 7 de maio de 2025, foi conduzido por Tatiana Costa, diretora de gestão de conteúdo digitais & canais pagos, que apontou o crescimento exponencial do consumo de novelas no streaming da própria Globo.

Contexto da Viva e da estratégia da Globo

Lançada em maio de 2010, a Viva começou como um hub de conteúdo variado – com séries de comédia, reality shows e reprises de sucessos da TV aberta. Ao longo de 15 anos, porém, a grade evoluiu para um portfólio centrado em novelas, que se tornaram o carro-chefe da emissora paga. Em 2023, a própria Globo revelou que as novelas eram a categoria que mais trazia assinantes ao Globoplay, representando cerca de 42 % do tempo total de visualização da plataforma.

Essa constatação levou a um ponto de inflexão: transformar a identidade da Viva em algo que refletisse, de forma inequívoca, a força do gênero. O rebranding, portanto, não é apenas um novo nome; é uma resposta estratégica a dados de consumo, à concorrência de serviços globais de streaming e ao desejo de preservar a memória afetiva do público brasileiro.

Detalhes da reestruturação e nova grade

O primeiro programa a encerrar a era Viva foi o episódio 7 da sitcom "Toma Lá, Dá Cá". Em seguida, o canal deu o pontapé inicial ao Além do Tempo, novela que já era sucesso no Globoplay. A nova grade inclui quatro horários adicionais exclusivos para dramas:

  • El amor invencible – romance latino‑americano com 150 episódios.
  • Hercai (também conhecida como "Hercai – Amor e Vingança") – thriller turco que já bateu recorde de visualizações.
  • Guerreiros do Sol – produção brasileira de época estrelada por Isadora Cruz.
  • Clássicos como Roque Santeiro, Quatro por Quatro (1994) e Caras & Bocas permanecem no repertório, garantindo a nostalgia dos telespectadores.

Um destaque inovador é a chamada "batalhas temáticas", que estreia em julho de 2025. Trata‑se de um espaço interativo onde o público vota em tempo real para determinar qual novela será exibida naquele bloco. Na primeira rodada, "Por Amor" confronta "Laços de Família" em uma disputa que combina nostalgia e engajamento digital.

Reações de executivos e do público

Reações de executivos e do público

"Esta mudança faz parte da nossa constante busca por evolução. Novela é o gênero que consolidou a Viva como um dos líderes da TV paga, é também uma das categorias mais consumidas no Globoplay e está sempre entre os programas mais assistidos da TV Globo", declarou Costa durante a coletiva de imprensa. Analistas de mídia concordam que a estratégia reforça a presença da Globo no segmento de TV paga, ao mesmo tempo que cria sinergia com a plataforma de streaming.

Nas redes sociais, a reação foi imediata. Usuários elogiaram a decisão, citando a "sede de novelas" que sentem ao final do dia. Alguns críticos, porém, apontaram que a exclusão completa de comédias pode reduzir a diversidade de opções para quem ainda prefere conteúdo leve.

Impactos no mercado de TV paga e streaming

Com a migração total de novelas para o canal, provedores de TV por assinatura já anunciaram pacotes renovados que incluem o Globoplay Novelas sem custo adicional. A expectativa é que o número de assinantes da Globo nas plataformas de TV paga cresça entre 5 % e 8 % nos próximos seis meses.

Do ponto de vista do streaming, a iniciativa cria um corredor de conteúdo “linear” que pode alimentar o algoritmo de recomendações do Globoplay, aumentando o tempo médio de visualização. Estudos internos indicam que espectadores que alternam entre conteúdo on‑demand e canais lineares tendem a permanecer mais tempo na plataforma – um ponto crucial para a disputa contra Netflix e Disney+.

Perspectivas e próximos passos

Perspectivas e próximos passos

O futuro do Globoplay Novelas inclui ainda a ampliação de produções originais, com projetos em fase de pré‑produção que prometem misturar formatos de novela tradicional com elementos de séries curta‑métrica. Além disso, a Globo planeja explorar parcerias com produtoras internacionais para trazer mais títulos como "El amor invencible" e "Hercai" ao público brasileiro.

Enquanto isso, a Viva permanece como marca registrada – mas sem programação – funcionando como um legado que será lembrado pelos fãs de novelas da década passada. O que fica claro é que a Globo não pretende apenas seguir a tendência; ela quer definir o ritmo da próxima fase da TV paga no Brasil.

Perguntas Frequentes

Por que a Globo decidiu transformar a Viva em um canal exclusivamente de novelas?

A decisão foi baseada em dados que mostram que as novelas são a categoria mais consumida tanto no Globoplay quanto na TV paga. Ao concentrar todo o conteúdo nesse gênero, a Globo busca maximizar audiência, aumentar assinaturas e reforçar a identidade da marca.

Quais novelas já fazem parte da grade do novo Globoplay Novelas?

Além do lançamento com Além do Tempo, a grade inclui El amor invencible, Hercai – Amor e Vingança, Guerreiros do Sol, bem como clássicos como Roque Santeiro, Quatro por Quatro (1994) e Caras & Bocas.

Como funciona a ‘batalha temática’ que será lançada em julho?

É um quadro interativo onde o público vota, via aplicativo ou site, para decidir qual novela será exibida em determinado bloco. A primeira disputa coloca "Por Amor" contra "Laços de Família", e a votação ocorre ao vivo, influenciando a transmissão em tempo real.

Qual o impacto esperado nos números de assinantes da Globo?

Analistas preveem um aumento de 5 % a 8 % nas assinaturas de TV paga nos próximos seis meses, impulsionado pela novidade do canal e pela promessa de conteúdo exclusivo e sem cortes.

A mudança afetará a disponibilidade das novelas já em streaming?

Não. As novelas continuarão disponíveis no Globoplay on‑demand. O canal line­ar apenas complementa a oferta, permitindo que o público assista a maratonas programadas e participe das interações ao vivo.

14 Comentários

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    Túlio de Melo

    outubro 7, 2025 AT 20:42

    Ao observar a mudança da Viva para o Globoplay Novelas percebe‑se uma tendência de concentração de conteúdo que remete ao conceito de nicho otimizado. A novela, como forma narrativa, tem capacidade de gerar vínculo emocional prolongado, o que naturalmente atrai assinantes em busca de familiaridade. Esse movimento pode ser visto como uma resposta lógica ao dado de consumo que a própria Globo divulgou.

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    Jose Ángel Lima Zamora

    outubro 11, 2025 AT 08:02

    É imperativo reconhecer que a televisão pública tem um dever cultural que transcende a mera busca por números de assinantes. Ao privilegiar exclusivamente as novelas, a Globo ignora a responsabilidade de manter a diversidade artística que historicamente enriqueceu o panorama midiático brasileiro. Tal postura, ainda que lucrativa, compromete o papel educacional da emissora e pode gerar uma homogeneização nociva ao nosso patrimônio.

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    Debora Sequino

    outubro 14, 2025 AT 19:22

    Ah, que surpresa! A Globo finalmente descobriu que o brasileiro não vive só de comédia leve, mas morre de saudade de drama!
    É quase como se dissessem: “Desculpa, gente, mas a gente cansou de fazer vocês rirem, agora vamos fazê‑los chorar até a última lágrima!”.
    E ainda tem aquela “batalha temática” que parece mais um reality‑show de novela, não é?
    Enfim, que espetáculo, né?

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    Marco Antonio Andrade

    outubro 18, 2025 AT 06:42

    Gente, eu vejo essa mudança como uma oportunidade massa pra gente curtir aquele clássico que a gente ama e ainda descobrir novas histórias. O mix de novelas brasileiras, latinas e turcas traz um tempero internacional sem perder a raiz nacional. Se rolar aquela votação ao vivo, já tô preparado pra defender ‘Por Amor’ com tudo!
    Vamos celebrar essa nova fase juntos.

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    Verônica Barbosa

    outubro 21, 2025 AT 18:02

    Brasil merece ter sua própria novela sem interferência estrangeira.

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    Cinthya Lopes

    outubro 25, 2025 AT 05:22

    Obviamente, ao transformar a Viva em um canal exclusivamente de novelas, a Globo demonstra um nível de sofisticação que vai muito além do que o público medianamente instruído consegue apreciar. Enquanto os críticos de “baixo nível” lamentam a perda de comédias, nós, leitores perspicazes, enxergamos a elevação estética que essa curadoria impõe. Um verdadeiro salto de paradigm​a cultural.

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    Fellipe Gabriel Moraes Gonçalves

    outubro 28, 2025 AT 16:42

    Gente, to achando q isso vai dar bom mt! Tipo, as novelas sempre puxam a galera pra tv, então por que não fazer tudo num lugar só? Só não esqueçam de manter os episódios sem lag, ok?

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    Rachel Danger W

    novembro 1, 2025 AT 04:02

    Olha, eu fico me perguntando quem realmente está por trás dessa decisão da Globo. Será que tem algum acordo secreto com produtoras estrangeiras pra colocar essas novelas turcas e latinas? Enquanto isso a gente, que somos fanáticos por novela nacional, somos usados como peças num grande tabuleiro de poder. Mas não vamos nos deixar enganar, vamos ficar de olho nas próximas jogadas.

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    Davi Ferreira

    novembro 4, 2025 AT 15:22

    Que notícia incrível! O foco total nas novelas vai dar um gás nos criadores e nos fãs. Tenho certeza de que vamos assistir a histórias ainda mais emocionantes e que o Globoplay Novelas vai ser sucesso absoluto. Vamos apoiar e curtir cada capítulo!

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    Marcelo Monteiro

    novembro 8, 2025 AT 02:42

    É realmente fascinante como a Globo decidiu abraçar um modelo tão “inovador” ao transformar a Viva em um canal exclusivamente de novelas. Afinal, quem nunca desejou ter a linha do tempo inteira preenchida só com drama, romance e reviravoltas? Parece que o executivo responsável acordou num dia e pensou: “Basta de humor, vamos alimentar o público com lágrimas!”
    Mas, convenhamos, isso também abre espaço para um debate saudável sobre a monocultura midiática. Enquanto alguns aplaudem o movimento, outros já reclamam da falta de diversidade de gêneros. No fim das contas, resta saber se essa estratégia será sustentável ou se acaba sendo apenas um “modismo” passageiro que deixará a audiência ainda mais exigente.

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    Jeferson Kersten

    novembro 11, 2025 AT 14:02

    A análise dos dados de consumo mostra que a predominância de novelas na grade do Globoplay Novelas é, de fato, respaldada por métricas robustas. No entanto, ao concentrar todo o investimento em um único gênero, corre‑se o risco de saturar o público e de reduzir a margem de inovação. Uma estratégia equilibrada incluiria, ainda, projetos experimentais que pudessem ampliar o repertório cultural sem comprometer a rentabilidade.

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    Jeff Thiago

    novembro 15, 2025 AT 01:22

    Em consonância com as diretrizes estratégicas previamente delineadas pela Diretoria de Conteúdo Digital da Globo, a transição da plataforma Viva para o Globoplay Novelas configura‑se como uma medida de otimização de recursos e de alavancagem de audiência. Tal decisão, fundamentada em análises quantitativas que indicam a predominância das novelas como principal motor de subscrição, revela uma inclinação corporativa rumo à especialização de portfólio. Contudo, cumpre salientar que a exclusividade de gênero pode acarretar efeitos colaterais, dentre os quais se destaca a potencial diminuição da variedade de oferta cultural. Consequentemente, recomenda‑se a implementação de mecanismos de feedback que possibilitem a aferição contínua da satisfação do consumidor e a adoção de ajustes estratégicos, se necessário.

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    Circo da FCS

    novembro 18, 2025 AT 12:42

    Globo fez mudança porque números mostraram que novela atrai mais assinantes então canal virou só novela

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    Savaughn Vasconcelos

    novembro 22, 2025 AT 00:02

    É intrigante observar como a decisão da Globo reflete uma espécie de metamorfose cultural, quase como se a própria emissora estivesse se reinventando diante dos caprichos do público. Quais seriam as implicações a longo prazo para os produtores independentes que dependem de slots de horário diversificados? E, ainda, como a interatividade das “batalhas temáticas” poderia reconfigurar a relação entre telespectador e narrativa? Estas questões merecem um exame profundo e apaixonado, pois estão no cerne da evolução da televisão brasileira.

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