Vasco perde Paulo Henrique e Puma Rodríguez e aposta em Paulo Ricardo contra Fortaleza

Quando Paulo Henrique, lateral‑direito de Vasco da Gama e Puma Rodríguez foram chamados para as seleções brasileira e uruguaia, respectivamente, o Vasco da Gama viu-se sem duas peças-chave para o confronto contra Fortaleza no Estádio Castelão, marcado para 15 de outubro de 2025. O técnico Fernando Diniz terá de improvisar, o que já gera preocupação entre torcedores e analistas.
Contexto da chamada internacional
A janela da FIFA traz oportunidades e desafios. Paulo Henrique, aos 29 anos, recebeu, pela primeira vez, a convocação da Seleção Brasileira comandada por Carlo Ancelotti. A escolha veio depois de Wesley, lateral da AS Roma, ser afastado por lesão. Já Puma Rodríguez reforça o grupo de Uruguai sob o comando de Marcelo Bielsa, que tem mantido o jogador como figura frequente nas convocações.
Os dois últimos compromissos dessas seleções – Brasil contra Bolívia (23/10) e Uruguai contra Uzbequistão (13/10) – deixam pouca margem de recuperação. Paulo Henrique só retornará ao clube no dia 14, um dia antes da partida, enquanto Puma Rodríguez chega ao Rio de Janeiro ainda em ritmo de viagem internacional.
Detalhes da ausência dos laterais
O impacto imediato é técnico e psicológico. Desde que chegou ao Vasco, Paulo Henrique tem sido um dos destaques da lateral direita, participando em quase todos os ataques e entregando cruzamentos precisos. Na última partida do Campeonato Carioca, marcou contra o Cruzeiro e, contra o Núñez, deu assistência para o gol de Andrés Gómez. Já Puma Rodríguez traz velocidade e um senso de pressão que costuma libertar o ataque vascaíno.
Com ambos fora, a diretoria já confirmou que Paulo Ricardo, produto da base, será escalado. O jovem, que quase foi cedido por empréstimo no início da temporada, reapareceu nos treinos e ganhou a confiança de Diniz nos últimos dias.
Como Fernando Diniz pretende ajustar o time
O treinador, conhecido por seu estilo de posse e movimentação, já indicou que a formação pode mudar de 4‑4‑2 para 3‑5‑2, usando Paulo Ricardo como lateral‑direito‑invertido, enquanto um dos volantes cobre a diagonal defensiva. “Vamos precisar de compactação, e quem estiver no flanco terá que ajudar tanto na marcação quanto na criação”, disse Diniz ao colégio de imprensa na terça‑feira.
Além da mudança tática, o técnico pretende pressionar o Fortaleza nos momentos de bola parada. O centroavante Gustavo Calixto tem treinado rotinas específicas para compensar a falta de cruzamento tradicional da lateral direita.

Análise do impacto no confronto contra o Fortaleza
Especialistas apontam que a ausência dupla pode custar ao Vasco a fase de transição rápida, algo que o Fortaleza tem aprimorado nos últimos meses. O time cearense, comandado por Claudio Neto, tem registrado 57% de posse nas partidas registradas no Castelão e costuma explorar a sobrecarga nos flancos opostos.
Em números, o Vasco tem 42% de ataques que começam pela direita, enquanto o Fortaleza tem 38% de finalizações vindas da esquerda. Se o Vasco não conseguir neutralizar essa dinâmica, corre o risco de ser superado em número de finalizações dentro da área. A expectativa de público no Castelão é de cerca de 34 mil torcedores, o que pode criar um ambiente ainda mais hostil para os vascaínos.
Entretanto, o otimismo não está totalmente perdido. A versatilidade de Paulo Ricardo pode surpreender; ele já mostrou boa leitura de jogo no Campeonato Carioca, e o treinador acredita que o jovem terá “uma noite de estreia” que pode mudar a narrativa.
Próximos passos e futuro dos jogadores convocados
Depois da partida, Paulo Henrique retornará à Seleção Brasileira para a partida contra Bolívia. Se mantiver o nível exibido nos últimos jogos, a chance de permanecer no grupo principal aumenta, o que pode abrir portas para uma eventual convocação para a Copa do Mundo.
Já Puma Rodríguez tem contrato até 2027 com o Vasco, mas uma boa performance na seleção uruguaia pode atrair olhares europeus. O técnico Bielsa costuma usar o jogador em jogos de alta pressão, o que pode ser um trampolim para uma transferência.
Para o Vasco, o próximo desafio será manter a sequência de resultados no Campeonato Brasileiro enquanto lida com a janela de transferências de inverno. A diretoria já sinalizou interesse em reforçar a lateral direita antes do encerramento do período de inscrições, o que poderia reduzir a dependência de jovens promessas como Paulo Ricardo.
Perguntas Frequentes
Como a ausência de Paulo Henrique e Puma Rodríguez afeta o esquema tático do Vasco?
Com os dois laterais fora, Diniz deve mudar o 4‑4‑2 tradicional para um 3‑5‑2, usando Paulo Ricardo como lateral‑direito‑invertido e reforçando o meio‑campo para cobrir a defesa. A ideia é manter a posse, mas sacrificar um pouco a velocidade nos contra‑ataques.
Qual a importância do jogo contra o Fortaleza para o Vasco no Brasileirão?
É um confronto direto na zona de classificação para a Libertadores. Uma vitória pode colocar o Vasco entre os quatro primeiros, enquanto a derrota pode abrir espaço para equipes como Bahia e Sport.
Paulo Ricardo tem experiência suficiente para assumir a vaga?
Ele tem pouco tempo de jogo no profissional, mas já treinou intensamente com a equipe principal e mostrou boa leitura tática. Diniz acredita que a pressão da partida será um catalisador para seu desenvolvimento.
Qual a perspectiva de futuro para Paulo Henrique após a convocação?
Se mantiver o desempenho na Seleção Brasileira contra Bolívia, as chances de permanecer no grupo principal aumentam, o que pode abrir caminho para uma participação na Copa do Mundo de 2026.
O que o Fortaleza pode fazer para explorar a fraqueza no flanco direito do Vasco?
O time de Claudio Neto costuma atacar pela esquerda, o que abre espaço para sobrecarga no setor direito do adversário. Se o Vasco não conseguir fechar bem a zona, o Fortaleza pode gerar cruzamentos e chutes de fora da área.
Verônica Barbosa
outubro 7, 2025 AT 05:21A perda dos laterais expõe a fragilidade do esquema de Diniz. O Vasco precisa de disciplina defensiva para não ser punido.
Cinthya Lopes
outubro 7, 2025 AT 05:23Ah, a gloriosa realidade de um técnico que acredita que trocar 4‑4‑2 por 3‑5‑2 é a solução mágica para qualquer ausência. Como se um jovem ainda sem experiência pudesse conjurar magia tática e salvar o clube das névoas do azar. A ironia de usar um lateral‑direito‑invertido, afinal, parece tirada de um manual de “Como complicar o futebol”. Não há dúvida de que o Fortaleza vai adorar essa reinventada, pois adora assistir a peças de teatro ao invés de partidas. Enfim, o drama continua, mas o espetáculo já está pronto.
Fellipe Gabriel Moraes Gonçalves
outubro 7, 2025 AT 05:25Concordo que a situação é complicada, mas acho que o Paulo Ricardo tem tudo pra surpreender. Ele já mostrou que tem bom entrosamento nos treinos e a torcida pode sentir isso. Vai ser bom ver o cara ganhar confiança e melhorar o lado direito, né?
Rachel Danger W
outubro 7, 2025 AT 05:26Olha, tem gente que acha que é só questão de escalar um jovem e tudo se resolve, mas eu sempre me pergunto quem realmente puxa os cordéis nos bastidores. Não é coincidência que a seleção brasileira e o Uruguai estejam de olho exatamente quando o Vasco mais precisa. Talvez haja algum acordo secreto para expor nossas fraquezas na hora do clássico. Enquanto isso, a gente tenta apoiar, mas sinto que o destino do clube está nas mãos de quem não vemos. Só não se esqueçam de que o futebol tem mais camadas do que parece.
Lucas da Silva Mota
outubro 7, 2025 AT 05:28Claro que a mudança tá tudo errado, mas vamos ver.
Benjamin Ferreira
outubro 7, 2025 AT 05:30Do ponto de vista sistêmico, a ausência dos laterais cria um vácuo de amplitude que deve ser preenchido por redistribuição de carga cognitiva entre os volantes. Quando Diniz opta por um 3‑5‑2, ele está, em essência, reconfigurando o espaço de decisão dentro do campo, o que requer uma leitura quase filosófica dos fluxos de bola. O jovem Paulo Ricardo, ao assumir a função invertida, funciona como um agente de conexão entre a linha de defesa e o meio‑campo, facilitando a transição posicional. Entretanto, a eficácia desse arranjo repousa sobre a capacidade de compactação e a disciplina tática coletiva, que ainda não está comprovada. Em suma, sem a maturidade dos laterais experientes, o Vasco corre o risco de perder a coesão estrutural.
Ana Lavínia
outubro 7, 2025 AT 05:31Os números são claros, o Vasco tem 42% de ataques que começam pela direita, enquanto o Fortaleza tem 38% de finalizações vindas da esquerda; portanto, a estratégia de Diniz precisa compensar esse desbalanceamento. Se considerarmos a taxa de posse de 57% do adversário, vemos que o controle de bola será crucial; porém, a falta de cruzamentos tradicionais pode ser mitigada por jogadas ensaiadas nas bolas paradas. É importante notar ainda que a presença do jovem na lateral pode criar oportunidades inesperadas, embora o risco de vulnerabilidade defensiva seja alto, logo, a atenção precisa ser redobrada.
Joseph Dahunsi
outubro 7, 2025 AT 05:33Tá vendo, eu acho que esse ajuste pode dar certo 🙄. O Paulo Ricardo tem energia e pode puxar a bola rapido nas transições, mas precisa ter paciência se quiser não ser pego fora de posição. Se o time conseguir fechar os espaços nas laterais, a gente tem chance de surpreender o Fortaleza 😎.
Willian Yoshio
outubro 7, 2025 AT 05:35Eu acho q a mudança de esquema vai mudar muito o jeito que a gente joga, e se o time focar na posse pode segurar o adversario. O problema e se o Paulo Ricardo realmente tem condicao fisica pra aguentar os 90 min, porque a partida vai ser pesada. O Diniz tem que adaptar o meio campo pra cobrir as laterais e nao deixar brechas.
Ryane Santos
outubro 7, 2025 AT 05:36Primeiramente, a retirada de Paulo Henrique e Puma Rodríguez deixa duas lacunas distintas no mapa tático do Vasco. O lateral‑direito brasileiro era responsável por quase 30% dos cruzamentos da equipe nas últimas três partidas. Já o uruguaio, com sua velocidade, permitia transições rápidas que quebravam a linha de pressão adversária. Ao substituir ambos por Paulo Ricardo, Diniz aposta em versatilidade, mas ignora a experiência prática em situações de alta pressão. O jovem tem mostrado boa leitura de jogo, porém ainda não acumulou minutos suficientes para garantir consistência sob pressão. Além disso, a mudança de um 4‑4‑2 para 3‑5‑2 altera completamente a dinâmica defensiva, exigindo que o terceiro zagueiro tenha comunicação impecável com os laterais internos. O risco de vulnerabilidade nas laterais direita‑esquerda aumenta significativamente, principalmente contra um Fortaleza que tem 57% de posse de bola. Caso o Vasco não consiga fechar esses espaços, o adversário pode dominar o meio‑campo e impor seu ritmo. A falta de cruzamentos tradicionais pode ser compensada por jogadas ensaiadas nas bolas paradas, mas isso requer tempo de treino que a equipe não dispõe. O técnico Diniz, conhecido por sua filosofia de posse, pode tentar dominar o jogo, mas a pressão alta do Fortaleza pode desestabilizar a construção de jogadas. É crucial que os volantes assumam maior responsabilidade na cobertura defensiva, especialmente nos momentos de transição. O treinador também deverá ajustar a marcação individual dos jogadores de ataque do Fortaleza, que costumam explorar o lado oposto ao avançado. Em termos de estatísticas, o Vasco tem 42% de ataques iniciados pela direita, enquanto o Fortaleza tem 38% de finalizações vindas da esquerda, o que indica uma potencial sobrecarga para o lado oposto ao substituto. Por fim, o resultado dependerá da capacidade de Paulo Ricardo adaptar‑se rapidamente ao papel de lateral‑invertido e da disciplina coletiva da equipe em manter a compactação defensiva. Só assim o Vasco terá chances reais de obter um resultado positivo neste confronto. Se a equipe conseguir manter a posse e criar oportunidades de finalização, pode surpreender em casa. A torcida também tem papel importante, empurrando o time nos momentos críticos.
Marcelo Monteiro
outubro 7, 2025 AT 05:38Ah, que belíssima dissertação sobre mudanças táticas, quase uma obra de literatura antes de um jogo de futebol. É impressionante como transformamos estatísticas em poemas, mas infelizmente a bola ainda precisa rolar. Claro, a teoria está impecável, porém na prática o campo não costuma perdoar excessos de erudição. Se o Diniz quiser realmente surpreender, talvez precise de mais do que palavras bem alinhavadas. O Vasco pode até tentar, mas o Fortaleza não vai ficar encantado com a retórica. No fim, o que importa é quem marcar o gol, não quem escreveu o ensaio.
Davi Ferreira
outubro 7, 2025 AT 05:40Vamos acreditar, o Vasco tem força de vontade e esse desafio pode ser a chance de mostrar que a base tem garra. Se a torcida estiver junto, o time vai se motivar ainda mais e buscar a vitória. Energia positiva pode mudar tudo.