Trump libera documentos inéditos sobre assassinato de JFK e abala versão oficial

Trunfo eleitoral e avalanche de documentos secretos
Uma enxurrada de papéis secretos, engavetados há décadas, reacendeu o frenesi em torno do assassinato mais polêmico do século XX: em março de 2025, a administração Trump liberou mais de 80 mil páginas de registros sobre a morte de John F. Kennedy. O formato digital, além da consulta física nos arquivos em Maryland, facilitou o acesso e atraiu uma multidão virtual — esses arquivos se tornaram rapidamente os campeões de download nos sites federais americanos, superando até registros históricos mais populares.
A decisão cumpre uma promessa de campanha de Trump, focada em transparência sobre assassinatos políticos marcantes dos EUA. O ex-presidente havia formado discurso em torno de "contar tudo" sobre as mortes de JFK, Robert Kennedy e Martin Luther King Jr. Dessa vez, abriu os cofres do governo: 75% dos papéis nunca antes divulgados pertencem à CIA. Mas entre as pilhas de informações, mais de 500 arquivos ligados à Receita Federal continuam retidos, protegidos por leis de sigilo fiscal — uma barreira que nem mesmo o hype político conseguiu derrubar.
Detalhes revelados: Oswald, CIA e um Kennedy desconfiado
A avalanche de documentos trouxe à luz detalhes sobre a movimentação de Lee Harvey Oswald antes do atentado em Dallas. Um ponto quente: registros mostram que a CIA monitorou de perto Oswald em suas tentativas de conseguir visto no México, poucas semanas antes do crime, em outubro de 1963. Outro dado instigante é sobre campanhas de propaganda envolvendo o nome de Oswald, sugerindo que ele talvez fosse peça — ou peão — em jogos de poder mais profundos que a narrativa tradicional deixa perceber.
Talvez o mais explosivo: papéis destacam um clima de tensão entre Kennedy e a CIA. Parece cena de filme antigo, mas registros mostram que JFK nutria uma desconfiança aberta com a agência, alimentando teorias de conspiração que pululam até hoje. As anotações evidenciam rusgas e ameaças veladas, indicando que os bastidores da Casa Branca estavam longe de ser um santuário de confiança entre presidente e serviços secretos.
Para garantir a privacidade de pessoas mencionadas — inclusive algumas ainda vivas —, os órgãos federais estão em correria para notificá-las sobre o vazamento de dados pessoais. Esse cuidado, segundo a equipe dos Arquivos Nacionais, busca equilibrar o direito à verdade histórica com a responsabilidade ética de não expor vidas particulares de forma irresponsável.
Apesar da onda de arquivos, nem tudo foi escancarado. Documentos relacionados a segredos de júris ou protegidos por regras tributárias seguem fora do radar público, reforçando aquele velho ar de mistério que já virou parte da própria história do caso JFK. Com tanta coisa nova e inédita misturada com segredos eternizados, fica a pergunta: até onde de fato a verdade está exposta?